Por Adriana Lacerda - Psicóloga da Seleção Brasileira de Judô - 05/10/2011
Para Thomas (1983) motivação define-se por interesse, desejo, instinto, ímpeto e necessidade. É um fenômeno não mensurável mas considerado parte do ser humano baseado nas observações de comportamento e na teoria do comportamento humano. A tentativa de compreensão deste fenômeno implica nos seguintes questionamentos: O que leva um indivíduo a realizar determinada ação? Qual seu objetivo? Segundo o referido autor a ação baseia-se em múltiplos motivos e objetivos.
Em relação ao atleta, entende-se que a execução perfeita de seu movimento está relacionada ao seu nível de motivação. Machado (1997) ao citar a posição de Vanek e Cratty (1990) coloca que o motivo é o que dá início, dirige e integra o comportamento do sujeito. Este se divide em impulso (é o que leva a pessoa à ação) e motivação (que termina ou diminui ao ser atingido o objetivo iniciador do impulso). A motivação é individual e depende tanto das experiências pessoais e traços de personalidade como dos incentivos responsáveis pelo comportamento do indivíduo presentes em determinada situação.
É válido ressaltar que os motivos impulsionam ou repelem de forma diferenciada cada indivíduo e o mesmo se aplica aos atletas. Uma mesma atividade ou exercício pode ser realizado por indivíduos animados por motivos diferentes e variados níveis de intensidade. O incentivo é o estímulo que vai preencher a sua carência. Portanto, para motivar um grupo (seja de pessoas ou atletas) faz-se necessário identificar quais as necessidades de cada componente. Ao contrário do que muitos pensam não se “motiva o atleta”, mas condições devem ser criadas para que seja identificada a necessidade de cada um no alcance de um ou mais objetivos previamente determinados. Concluindo, propiciar um ambiente estimulante e incentivador dependerá principalmente, de uma análise profunda baseada no acompanhamento acerca do contexto bio-psicosocial em que o atleta está inserido.
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