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14/06/2012

Edinanci sai do tatame e vai para o sofá

Edianci_Silva_001Depois de quatro Olimpíadas seguidas, judoca vai curtir os Jogos de Londres na tranquilidade de sua casa
JOSÉ EDUARDO MARTINS
jose.martins@diariosp.com.br

De Olimpíada, ela conhece. Afinal, nenhuma brasileira participou mais dos Jogos Olímpicos do que Edinanci Silva. Mas, neste ano,  a  judoca vive uma experiência diferente. Pela primeira vez, desde 1996, não vai integrar a delegação verde e amarela. Ela vai trocar o tatame pelo sofá de sua casa.
“No começo deste ciclo olímpico, pensei que seria mais difícil ficar longe da seleção. Até por já fazer parte de mim essa motivação de buscar um resultado nas grandes competições. Mas até que estou bem de ficar como torcedora, porque a pressão para o atleta é muito grande”, comenta Edinanci.
Foi  justamente essa pressão que levou a judoca de 35 anos a  mudar o rumo de sua vida. “Na minha última Olimpíada, em Pequim, percebi que não tinha mais prazer em competir fora do Brasil”, diz a atleta, que ainda luta por São Caetano do Sul e pela Marinha. “Participo dos torneios nacionais. Isso porque chega uma hora que o atleta de alto nível estaciona, não cresce mais e não consegue alcançar os resultados. Dessa maneira, decidi que seria melhor lutar por aqui”, explica.

Sem favoritismo/ Apesar de os brasileiros viverem um bom momento no judô, Edinanci acha cedo para contabilizar  medalhas nos Jogos de Londres. A principal dica da veterana para os colegas é a cautela.
“Os mais fortes têm mais chance de serem surpreendidos. Isso porque os competidores de menor expressão vão fazer as lutas de suas vidas e não têm nada a perder. Além disso, a diferença é o detalhe. Se a atleta não está em um bom dia, brigou com o namorado... Tudo isso conta”, analisa a judoca.
Durante as suas participações em Jogos, Edinanci não acha que fatores externos, além da pressão, a tenham atrapalhado. “Não precisava ir para a balada para me divertir. Eu era até antipática quando estava em competição. Preferia sempre me concentrar. Somente depois de lutar, eu saia”, conta a quinta colocada nos Jogos de Pequim, que espera ver os conterrâneos repetirem seu exemplo em Londres.
Entrevista
Edinanci Silva_
Judoca brasileira
‘Quero lutar por dois anos e me dedicar ao estudo’

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